Acordei meio que desorientada nos últimos dias, mas hoje tinha sido um dia diferente, parecia que eu tinha renascido e não acordado,era totalmente diferente do que eu vinha passando nos últimos dias,sempre dormindo mal e pouco, acordando fácil.. Era sempre aquela dor, aquele aperto quase que incurável.Mas o aperto continuava ali,só que cada dia mais fraco, cada vez mais leve e cada vez mais esquecido.
Voltei a me deitar para tentar acordar no outro dia para me sentir melhor, mais forte,mas como sempre acontece, fiquei perdida naqueles pensamentos vagos de nostalgia, o que me faria esquecer aquilo tudo? Ou nunca esqueceria? Porque o fim de qualquer coisa incomodava tanto? A vontade que me dava era de levantar daquela cama e simplismente desaparecer do mundo por alguns minutos, dá um fim a existência nem que por alguns segundos só para sentir a alma mais leve,me sentir um pouco limpa e renovada.. A rotina parecia consumir tudo que era de bom em mim,dos amores até os amigos, nada estava querendo mais ficar em seu lugar e eu simplismente queria mudar aquilo que me causava dores intermináveis e incuráveis. Sentia aqui, mais uma vez de expor toda essa complexidade de sentimentos,quantas vezes mais iria me perguntar o quanto iria sofrer? quanto mais iria segurar toda aquela dor? Foi nesse mergulho em sentimentos que houve um grito interno, uma vontade de me salvar, mais uma vez, de reagir mais uma vez de tentar correr atrás de tudo que estava me sendo tomado,mesmo sabendo que algumas não voltariam ao seu lugar e certamente não seriam a mesma coisa,talvez, nunca mais.
Com as poucas experiências que passei - e as várias que ainda vou passar. - percebi, com as dores, que nem todo mundo estava apto a amar e ser amado,que nem todo mundo tenta perdoar e ser perdoado, nem todo mundo tem esse momento de reflexão para ser uma pessoa melhor,ou pelo menos tentar.. O amor entre os seres se tornou cada vez mais pisoteado,mais escasso, e ficava eu em um monólogo, o quanto mais eu teria que viver para ver cada vez mais a frieza humana diante da sua própria raça? me doía só em pensar..
A realidade me puxava de volta para minha cama que começava a ser fria,silenciosa e cada vez mais úmida...
Nenhum comentário:
Postar um comentário